sábado, 8 de dezembro de 2007

Obrigada...

Obrigada...
Por me ensinarem prudentemente que não somos únicos,
Que existem frases feitas,
Que as decisões que às vezes tomamos precipitadamente são as mais acertadas,
Que a nossa consciência deve ter para nós mais valor que a opinião do mundo inteiro;
Que muita vezes banalizam a palavra Amor;
Que,... se calhar nem devia estar aqui a escrever isto...
Mas, também me ensinaram que faz bem.


Daí acho que encontro algum sentir meu neste poema:


AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

"Carlos Drummond de Andrade"


P.S.: Parem de banalizar as palavras, pelo menos comigo! Sinto-me melhor a escutar um vazio sincero...

2 comentários:

Anónimo disse...

Observo-te...
A maneira como te expressas
Com seriedade mas porém serena
Em gestos tão suaves e requintados
Traços tão doces e delicados
E danço ao som das tuas palavras
Desse olhar misterioso
Que guarda mil segredos
Que eu queria desvendar
A tua beleza fascina-me
Porque é simples mas tem nobreza
Se fosse pintor faria de ti
Uma linda aguarela...
Eu pintaria a tua alma
Decorava-a com o brilho dos teus olhos
E cobria-a com o negro dos teus cabelos
E o teu corpo...
Faria dele modelo de escultura
Para que todos pudessem admirar
A graciosidade dos teus contornos
Subtis e primorosos
Com o mesmo encanto
Que eu os admiro...

Susana da Silva Dias disse...

Andamos muito poéticos... mas neste meu post manisfesto-me verdadeiramente farta da poesia... da poesia preparada...dapoesia que não vem de dentro... que está guardada para as ocasiões...
Desculpem-me a frieza!