quarta-feira, 26 de setembro de 2007

... SEM COMENTÁRIOS...


Quando estamos mais fracos, qualquer comentário por mais insignificante que possa parecer para quem o faz... pode tornar-se uma bomba para quem o recebe, ou o lê...
E, nessas alturas da vida em que estamos mais fragéis em todos os sentidos, que as nossas defesas não ajudam, que não conseguimos ser fortes... é nessas alturas em que sentimos até que ponto uma palavra nos pode magoar, um simples gesto...

Não somos o centro do mundo por certo... mas também não façam com que nos sintamos dessa forma... Pois, quando por fim nos deparamos com pequenos pormenores(que fazem a diferença)... sentimos que muitas coisas não passam de frases feitas... que afinal essas palavras não são nossas...

E, por isso e por algo mais... até porque hoje (por razões que alguns conhecem) não estou com muita disposição para escrever... "SEM COMENTÁRIOS".

terça-feira, 25 de setembro de 2007

domingo, 23 de setembro de 2007

AMOR...


É assim que te quero, amor,

assim, amor, é que eu gosto de ti,

tal como te vestes

e como arranjas

os cabelos e como

a tua boca sorri,

ágil como a água

da fonte sobre as pedras puras,

é assim que te quero, amada,

Ao pão não peço que me ensine,

mas antes que não me falte

em cada dia que passa.

Da luz nada sei, nem donde

vem nem para onde vai,

apenas quero que a luz alumie,

e também não peço à noite explicações,

espero-a e envolve-me,

e assim tu pão e luz

e sombra és.


Chegastes à minha vida

com o que trazias,

feita

de luz e pão e sombra, eu te esperava,

e é assim que preciso de ti,

assim que te amo,

e os que amanhã quiserem ouvir

o que não lhes direi, que o leiam aqui

e retrocedam hoje porque é cedo

para tais argumentos.

Amanhã dar-lhes-emos apenas

uma folha da árvore do nosso amor, uma folha

que há-de cair sobre a terra

como se a tivessem produzido os nosso lábios,

como um beijo caído

das nossas alturas invencíveis

para mostrar o fogo e a ternura

de um amor verdadeiro.



Tu eras também uma pequena folha

que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.

A princípio não te vi: não soube

que ias comigo,

até que as tuas raízes

atravessaram o meu peito,

se uniram aos fios do meu sangue,

falaram pela minha boca,

floresceram comigo.



Não te quero senão porque te quero,

e de querer-te a não te querer chego,

e de esperar-te quando não te espero,

passa o meu coração do frio ao fogo.

Quero-te só porque a ti te quero,

Odeio-te sem fim e odiando te rogo,

e a medida do meu amor viajante,

é não te ver e amar-te,

como um cego.



Talvez consumirá a luz de Janeiro,

seu raio cruel meu coração inteiro,

roubando-me a chave do sossego,

nesta história só eu me morro,

e morrerei de amor porque te quero,

porque te quero amor,

a sangue e fogo.



Nega-me o pão, o ar,

a luz, a primavera,

mas nunca o teu riso,

porque então morreria




"Pablo Neruda"

na sequência do "post" anterior...


Porque tive uma "pequena" recaída... e acho que desta ganhei juízo em relação à alimentação... hoje decidi ir de minha casa até à Ribeira do Porto de bicicleta...
Uma espécie de inauguração de uma nova forma de estar... não fazer do ginásio o único local de bem estar fisico, e voltar a contactar com a natureza...

Porque os últimos dias não foram nada agradáveis em termos de saúde... deixo um ALERTA: - "SOMOS O QUE COMEMOS!!!"...
E, este ALERTA é o título de um livro que uma pessoa me ofereceu.... e que sei que anda triste porque ainda nem sequer o li...

um pequeno GRANDE ALERTA...


HTA (Hipertensão Arterial) é um factor de risco importantíssimo de doença cardiovascular, e a principal causa de morte e incapacidade no nosso País. Hoje sabe-se que a adopção de um estilo de vida saudável pode prevenir, pelo menos em parte, o aparecimento de HTA. Por outro lado, sabe-se que existe um enorme potencial para reduzir a incidência de doença e de morte cardiovascular se a HTA for detectada precocemente e controlada adequadamente.


Está bem demonstrado que uma pressão sistólica superior a 160mmHg ou uma diastólica superior a 95mmHg, triplicam o risco de acidente vascular cerebral, duplicando também o risco de doença coronária. Nos primeiros anos, a HTA não provoca geralmente quaisquer sintomas ou sinais de doença, à excepção dos valores tensionais elevados detectáveis através da medição da pressão arterial. Contudo, com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os principais órgãos vitais do organismo, ou seja o cérebro, o coração e o rim, provocando sintomas e sinais.

As principais doenças associadas à HTA, e por ela causadas, são: o acidente vascular cerebral, a cardiopatia isquémica, incluindo angina de peito, o enfarte do miocárdio e a morte súbita; a insuficiência cardíaca; o aneurisma dissecante da aorta e a insuficiência renal.

Esta doença pode levar a graves lesões dos órgãos vitais, tais como:

- Diminuição gradual da função do órgão, devido a um fornecimento insuficiente de sangue. Esta diminuição ou perda da função pode ser rápida e maciça quando um vaso estreitado se fecha completamente, se rompe ou é obstruído por um coágulo, interrompendo totalmente o fornecimento de sangue ao órgão. A consequência pode ser um enfarte do miocárdio, um acidente vascular cerebral, ou gangrena do pé, de acordo com o território afectado.

- A parte arterial enfraquecida pela pressão arterial elevada pode ceder e dilatar-se, formando pequenos balões, que chamamos de aneurismas, muito vulneráveis a uma rotura. Se isto acontecer, na artéria aorta ou numa artéria do cérebro, ocorrerá uma crise cardiovascular, que põe em risco a vida do indivíduo.

- A HTA obriga o coração a trabalhar mais para bombear o sangue através dos vasos. Este maior esforço leva o coração a hipertrofiar-se e, finalmente, a dilatar-se. Como consequência pode surgir insuficiência cardíaca (quando o coração já não consegue bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades do organismo). Por outro lado, o fluxo de sangue ao músculo cardíaco pode tornar-se insuficiente surgindo angina de peito.



DETECÇÃO

Os benefícios da detecção precoce e do controlo da HTA na comunidade estão bem demonstrados.

Detecção precoce:

Existem motivos importantes que justifiquem que os Portugueses devam medir a pressão arterial regularmente: A HTA é um problema muito comum em Portugal, ao atingir mais de um quarto da população adulta (25 a 30%). Inicialmente, a HTA não causa quaisquer sintomas: só se descobre medindo. A HTA não tratada implica um risco elevado de doença cardiovascular, que pode progredir, silenciosamente, durante anos.

Em Portugal, só cerca de metade dos hipertensos ( e são perto de 2 milhões!) sabe ter a pressão arterial elevada, apenas um quarto está medicado e apenas um sexto (16%) está controlado ( de notar todavia que estes números representam já um grande avanço destes últimos anos, pois há quinze ou vinte anos só 5 ou 6 em cada 100 doentes hipertensos estavam bem tratados).

Com base nos motivos atrás apontados, todos os adultos devem medir a sua pressão arterial, pelo menos uma vez por ano, se ela for normal (isto aplica-se com maior razão aos indivíduos obesos, diabéticos, fumadores, ou com história de doença cardiovascular na família).



TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO

A adopção de um estilo de vida saudável proporciona geralmente uma descida significativa da pressão arterial, que pode ser suficiente para baixar até valores tensionais normais. As vantagens que advêm de não ser, nestes casos, necessário recorrer a medicamentos (ou ser possível reduzir a sua quantidade) são por demais evidentes para necessitarem de ser enumeradas.

- Reduzir o consumo de sal. A diminuição do consumo de sal reduz a pressão arterial em grande número dos hipertensos. Esta redução pode ser efectuada, não adicionando sal (ou reduzindo gradualmente a sua quantidade) quer durante a confecção dos alimentos, quer à mesa, evitando ainda ingerir alimentos salgados.

- Exercício físico. Através de uma prática física regular pode-se reduzir significativamente a pressão arterial. O exercício escolhido deve compreender movimentos cíclicos (marcha, corrida, natação, dança). Os hipertensos devem evitar esforços (levantar pesos, empurrar móveis pesados), que aumentam a pressão arterial durante o esforço.



TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Quando as medidas não farmacológicas forem insuficientes teremos de recorrer aos fármacos. No entanto há que ter presente que os fármacos não curam a HTA, somente a controlam. Por isso, uma vez iniciado, o tratamento medicamentoso deverá em princípio ser continuado a mantido por toda a vida.

Os objectivos da terapêutica farmacológica são controlar a pressão arterial com o menor número e a menor dose de fármacos. Menos medicamentos significa menos efeitos acessórios e menos despesa para o doente. O objectivo da terapêutica em termos tensionais deverá ser o de obter valores iguais ou inferiores a 140/90 mmHg, embora nos indivíduos idosos se possam aceitar valores um pouco mais elevados.

Um dos aspectos mais frequentes esquecidos é o de ser necessário controlar os factores de risco associados, tais como a obesidade, o tabaco, o álcool, o sedentarismo, tão frequentes nos indivíduos com hipertensão. Este aspecto é fundamental para se obter o objectivo final do tratamento da hipertensão, que é o de prevenir a incidência das complicações cardiovasculares causadas pela HTA.

Finalmente, não esquecer que nem todos os doentes reagem da mesma maneira aos diferentes fármacos anti-hipertensos. Um mesmo fármaco, que controla facilmente um doente, pode causar efeitos secundários intoleráveis noutro. No entanto, dispomos hoje em dia de um arsenal terapêutico tão lato que, quando judiciosamente utilizado, permite controlar a hipertensão na esmagadora maioria dos casos.



Professor Doutor Manuel Carrageta

Presidente da F.P.C.

sábado, 22 de setembro de 2007

Amizade


Nada é mais agradável à alma do que uma amizade terna e fiel. É bom encontrarmos corações atenciosos, aos quais podes confiar todos os teus segredos sem perigo, cujas consciências receias menos do que a tua, cujas palavras suavizam as tuas inquietações, cujos conselhos facilitam as tuas decisões, cuja alegria dissipa a tua tristeza, cuja simples aparição te deixa radiante! Tanto quanto for possível, devemos escolher aqueles que estão livres de afecções: de facto, os vícios rastejam, passam de pessoa para pessoa com a proximidade e qualquer contacto com eles pode ser prejudicial.

Tal como numa epidemia, devemos ter o cuidado de não nos aproximarmos das pessoas afectadas, porque correremos perigo só de respirarmos perto delas, também, em relação aos amigos, devemos ter o cuidado de escolher aqueles que estão menos corrompidos: a doença começa quando se misturam os homens saudáveis com os doentes. Não estou, com isto, a exigir-te que procures e sigas apenas o sábio: de facto, onde encontrarás um homem destes, que procuro há tanto tempo? Procura o menos mau, antes de procurares o óptimo.
(...) Evitemos, sobretudo, os temperamentos tristes, que se lamentam de tudo e não deixam escapar uma única ocasião de se queixarem. Apesar de toda a fidelidade e de toda a bondade que possa demonstrar, um companheiro perturbado, que chora por tudo e por nada, é um inimigo da tranquilidade.

Espírito da Conversação


Há pessoas que falam um momento antes de pensar; há outras que prestam fraca atenção ao que dizem, e com as quais sofremos, na conversação, todo o trabalho que a sua inteligência tem; estão como amassados de frases e jeitos de expressão, concertados nos gestos e em toda a sua atitude.
O espírito da conversação consiste muito menos em mostrar muito espírito que em fazer com que os outros o achem: quem sai de uma palestra contente consigo mesmo e com o seu espírito, sai perfeitamente contente com o orador. Os homens não gostam de admirar; querem agradar: procuram menos ser instruídos, e mesmo satisfeitos, que serem apreciados e aplaudidos; e o prazer mais delicado que há é o de causar o dos outros.

Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sabedoria e Arrogância

Ao estudo da sabedoria jamais havereis de pôr termo; não acabe ele antes de acabada a vossa vida. Em três coisas cumpre ao homem pensar e exercitar-se enquanto viva: em saber bem, em bem falar e em bem obrar.
Desterra dos teus estudos a arrogância; não fiques presumido pelo que sabes, porque tudo quando sabe o mais sábio homem do mundo nada é em comparação com o muito que lhe falta saber. Mui escasso é, e muito obscuro e incerto, tudo quanto os homens alcançam nesta vida; e os nossos entendimentos, detidos e presos neste cárcere do corpo, estão oprimidos por grandíssima escuridão, trevas e ignorância, e o corte ou fio do engenho é tão cego que não pode cortar, nem passar-lhe de raspão sequer, coisa alguma.
Afora isto, a arrogância faz com que não possas tirar proveito do estudo; creio que terá havido muitos que não chegaram a sábios e que poderiam tê-lo sido se não dessem a entender que já o eram.
Deveis guardar-vos, também, de porfias, de competências, de menosprezar ou amesquinhar o que os outros sabem ou não sabem, de desejar vanglórias. Para isto, principalmente, servem os estudos: para nos ensinarem a fugir de tais vícios e de outros semelhantes.

Juan Luis Vives, in "Introdução à Sabedoria"

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Aos meus Colegas de escritório

Poderá haver alguma coisa mais sublime do que teres alguém com quem falar de tuas coisas como se falasses contigo mesmo?
"Cícero"

Obrigada pelas palavras e pelos conselhos sábios... por me fazerem acreditar que sou capaz, pelo valor,pelo incentivo, pela força, por acreditarem, pela aceitação, pela igualdade, por tudo...
Obrigada pela amizade!

Aos nossos olhos

A polidez nem sempre inspira a bondade, a equidade, a complacência, a gratidão; mas, pelo menos, dá-lhes a aparência e faz aparecer o homem por fora como deveria ser por dentro.
"Jean de La Bruyère"

terça-feira, 11 de setembro de 2007

...


A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
"Carlos Drummond de Andrade"

É mesmo para pensar...

... e olhar à nossa volta... com olhos de sentir.


" Vãos são os benefícios feitos aos indignos, mas compensador é o menor favor prestado aos bons."

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Alta a longe cognoscit ...

Trata-se de um bom lema! Agora que terminam as férias... mãos à obra...




Quando o Buddha ensinou as quatro nobres verdades, primeiro ele identificou os verdadeiros sofrimentos, causas, cessações e caminhos. Então ele disse: "Os sofrimentos são para serem reconhecidos, mas não há nada a ser reconhecido. As causas de sofrimento são para ser abandonadas, mas não há nada a ser abandonado. A cessação é para ser efetivada, mas não há nada a ser efetivado. O caminho é para ser meditado, mas nada há a ser meditado." O significado é que, ainda que haja fatores para serem convencionalmente (e validamente) reconhecidos, abandonados, efetivados e meditados, nada há a ser reconhecido, abandonado, efetivado e meditado em última instância. Do ponto de vista da realidade última, todos esses estão além da atividade. Tudo tem o mesmo sabor no vazio da existência inerente. Desta forma, o Buddha especificou a perspectiva das duas verdades — relativa e absoluta.

(Dalai Lama, How to Practice)

Mi "Romeo" Bodeguero Andaluz


Inquieto, de mirada muy expresiva e inteligente, en constante atención ante cualquier ruido o movimiento, destacando su tenacidad y disposición en todo momento para la caza de roedores. Se vale de la vista y el olfato indistintamente para localizar a sus presas, sobre las que se lanza con movimientos extremadamente coordinados, ágiles y rápidos. Valiente y con genio, más cuando se enfrenta a enemigos mayores que él (zorros, tejones, etc.). Fiel, alegre y simpático como compañero, con gran capacidad de adaptación a cualquier ambiente y lugar.




ORIGÉN

Se cree de forma incierta, que es el resultado de cruces de pequeños terriers traídos por las grandes compañías vinícolas inglesas e incluso las mineras del Sur de España a finales del siglo XVIII y principios del XIX, con los perros rateros que poseían los marinos y portuarios de la Costa Sur española. Perros sin raza definida, pero con una predisposición innata a cazar y dar muerte a ratas y ratones que abundaban en puertos comerciales, bodegas, almacenes, caballerizas y tenerías. Seleccionándose el color blanco casi uniforme, con algunas manchas negras y fuego, para ser vistos con facilidad en la oscuridad de los lugares mencionados.

A principios de nuestro siglo, estaba más o menos definida la raza, y ésta se refuerza todavía más al recibir otra aportación de sangre, esta vez del Toy Terrier, pequeño terrier inglés, robusto y batallador que en sus inicios fue campeón en la lucha contra las ratas, aunque hoy día sólo se dedica como perro de compañía . El Perro Ratonero Andaluz conserva el pelo liso muy corto y un carácter parecido.