segunda-feira, 14 de maio de 2007

As crianças... O futuro...



Só é possível ensinar uma criança a amar amando-a!...
E, vou partilhar convosco um evento que ocorreu no passado dia 5 deste mês e para o qual fui convidada com a finalidade de dar uma aula de dança cujo objectivo era promover a interacção dos pais com os seus filhos...

Cheguei à Escola Primária dos Moutidos por volta das 15h30. Dirigi-me aos membros da associação de pais, os quais haviam solicitado a minha colaboração e perguntei-lhes acerca da receptividade e da afluência ao evento pela parte dos pais e familiares das crianças. Qual não foi o meu espanto, quando ouvi a responta daqueles pai dedicado: - " É SEMPRE A MESMA COISA! OS PAIS NÃO APARECEM E OS QUE APARECEM É PARA CÁ DEIXAR OS FILHOS E PERGUNTAR A QUE HORAS PASSAM A BUSCA-LOS?"
Confesso que fiquei triste... apesar das crianças se estarem a divertir, aqueles sorrisos que esboçavam podiam ser partilhados com os seus pais!
Que pais são estes que numa tarde solarenga de Sábado desperdiçam uma oportunidade de regressar à infância, junto dos seus filhos e saborear momentos de ternura, risos e brincadeiras...

Não posso julgar ninguém... não tenho poder para tal, nem sequer sou mãe... mas enquanto lá estive, naquela escola, e brinquei à roda com aquelas crianças, dançamos,dei-lhes as mão e abracei-as, senti que algumas delas necessitavam de muita atenção, de um ouvido atencioso que as escutasse ainda que só a sorrir...

Por outro lado felicito os poucos pais que lá se encontravam... os quais conseguiram fazer com que eu recordasse com carinho alguns bons momentos da minha infância, por exemplo, quando os meus pais seguravam a corda ou o elástico para eu saltar, quando me empurravam no baloiço, quando me escutavam a tocar piano sorrindo...quando me davam colo( o que ainda hoje acontece)... as cócegas... o estar lá. Porque estiveram sempre lá..... e estão sempre quando eu preciso... porque me ensinaram a amar e conseguiram com que eu esteja encaminhada no meu futuro... Porque ainda hoje me dão a mão e correm, saltam e brincam comigo neste recreio da vida onde não me canso de ser criança e já crescida.

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